As importações Europeias têm vindo a cair, ao contrário do que se passa na Rússia onde a procura está a aumentar, principalmente nos mexilhões.

As vieiras têm mantido a sua popularidade na Europa. Nos Estados Unidos as quotas estão mais restritas, enquanto que a procura na Ásia, em especial na China, continua a aumentar. Com as dificuldades económicas que afectam a Europa, os produtores Europeus tentam diferentes abordagens aos consumidores no sentido de aumentarem a procura e o consumo.

 

Mexilhão

A importação de mexilhão para a Europa caiu durante o primeiro trimestre de 2013, das 52.900 para as 49.900 toneladas. Este é o valor mais baixo de importações verificado desde 2009. Esta queda deve-se essencialmente à quebra das importações na Alemanha, enquanto que a França continua a ser o país com maior volume de mexilhão importado (13.700 tons), seguido por Itália (11.800 tons.), Holanda (8.400 tons.) e Espanha (5.000 tons.). Em relação à Rússia as importações de mexilhão aumentaram 110% para as 331.400 toneladas. Em sentido contrário os preços baixaram cerca de 22%, para os $3,25 USD/kg (2,40€). De acordo com as autoridades Russas, é expectável que a população Russa consuma cerca de 21kg/capita de pescado por ano. Como tal o consumidor Russo está disposto a experimentar novos produtos (sendo o mexilhão um deles), razão pela qual as importações deste bivalve aumentaram. Em relação à produção no Chile, os produtores continuam a ter bastantes dificuldades em conseguir sementes/juvenis, tendo algumas empresas declarado insolvência. No entanto, as exportações deste bivalve aumentaram 37% em valor no primeiro semestre de 2013, face a igual período de 2012, atingindo os $35M USD (25,8M€). Em termos de volume as exportações atingiram as 16.800 toneladas. O preço médio atingiu os 2,14€/kg. Os principais mercados de destino do mexilhão Chileno são a Europa (França), os Estados Unidos, América Latina e Asia.

Vieira

Durante o primeiro semestre de 2013, as importações deste bivalve para a Europa atingiram as 12.500 toneladas, com a França a ser o maior importador (4.500 tons.), seguido por Espanha (2.300 tons.) e Itália (1.500 tons.). A procura por este bivalve tem aumentado bastante na China, sendo que os produtores Peruanos conseguiram aumentar as suas exportações para aquele país em 300% durante 2012. No primeiro trimestre as exportações de vieira do Peru para a China atingiram as 6.228 toneladas. As exportações para a Europa têm-se mantido estáveis devido à crise económica neste Continente.

Ostra

A produção de ostra na Holanda recebeu um grande “incentivo”, uma vez que duas companhias, pertencentes à Associação Holandesa de Produtores de Ostras, receberam a certificação MSC. Os produtores Holandeses capturaram cerca de 700 000 ostras nativas e 35M de ostras do Pacífico. Em Espanha existe um programa de recuperação da ostra plana (Ostrea edulis), mas ainda sem resultados.

Fonte: FAO