Apesar das dificuldades e condicionantes para recuperar o stock "a sardinha em fresco não vai faltar nos santos populares, o preço é que pode ser mais alto", garante Humberto Jorge presidente da ANOPCERCO, associação que representa as organizações dos produtores de pesca de cerco. Como exemplo dos preços altos dá o valor que tem atingido a sardinha nos últimos dias na lota de Peniche, "que tem rondado os 3,5 euros e os 5 euros o quilo".
A ANOPCERCO, representa nove organizações de produtores, que representam cerca de 150 embarcações de pesca de cerco, com cerca de 2500 pessoas nos barcos, que se dedicam predominantemente à pesca da sardinha.
Desde o ano passado, estas embarcações são obrigadas a seguir um plano de gestão, ou seja "são obrigadas a reduzir as capturas", referiu Humberto Jorge, frisando que foi no ano passado que essa redução se fez sentir mais, "passando de 55 mil toneladas de capturas em 2011 para 36 mil toneladas em 2012".
"Seguimos as medidas de contenção de pesca, este ano já fizemos 45 dias de pausa". O limite, para já, de acordo com os pareceres científicos "não chega à média dos últimos cinco anos que era de 50 a 60 mil toneladas, valor que chegava para alimentar o consumo de fresco e da indústria, de frio e de conserva, mas o recurso está abaixo do nível de segurança", sublinha.
Humberto Jorge garante que "os pescadores estão a fazer a sua parte, a reduzir as capturas, agora esperamos que a natureza faça a sua".
Com a redução de pescado os preços sobem na lota, "para o mercado do fresco fica mais caro o problema maior é para a industria , que são mais afetados, e nós necessitamos da indústria, porque quando subirem as quotas de captura temos que ter para onde escoar".
Fonte: ACOPE com Dinheiro Vivo
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