A ministra da Agricultura e Pescas afirmou ontem em Bruxelas que prosseguem as negociações para Portugal ter um regime de excepção para a cura do bacalhau, pelo que não haverá qualquer problema neste natal, nem tão pouco nos próximos.
Assunção Cristas, que falava à saída de uma reunião com o novo comissário europeu da Saúde e Defesa do Consumidor, admitiu que "tem sido um braço de ferro e não tem sido fácil", mas garantiu que "a Comissão está sensibilizada" para a exigência de Portugal no sentido de ficar contemplado no futuro regulamento comunitário de cura química do bacalhau uma excepção que assegure que em Portugal se pode continuar a consumir bacalhau de acordo com a cura tradicional de salga.
"Esse é o ponto pelo qual estamos a batalhar, está perfeitamente assumido por parte da Comissão, e estamos, a um nível técnico, a ver os mecanismos para que isto seja uma efectiva realidade. De toda a maneira, o 'dossier' arrastou-se e, portanto, neste natal não há problema nenhum com o bacalhau, e no próximo natal seguramente também não haverá, porque o problema estará também resolvido", declarou.
Assunção Cristas reiterou que aquilo que Portugal está a procurar fazer é garantir que no regulamento fiquem consagrados tanto a questão da etiquetagem, ou seja, a certificação do bacalhau, como também um método obrigatório de análise, que permita controlar se foram ou não utilizados fosfatos.
O director-geral da Associação Industrial do Bacalhau (AIB), Paulo Mónica, concorda com Assunção Cristas, no sentido em que “é importante que a proibição de adicionar fosfatos seja um imperativo”. Segundo o responsável, “a adição destes aditivos iria prejudicar a qualidade, textura e sabor do bacalhau”.
Fonte: ACOPE com Agroportal
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