Se a produção mundial em aquacultura não crescer 9,9% ao ano até 2020, em vez dos 4 a 5% esperados, não conseguirá responder ao aumento da procura, especialmente nos bivalves e crustáceos, gerando uma subida de preços, conclui a FAO.
A aquacultura terá de crescer 9,9% ao ano a nível mundial – e não entre 4 a 5% conforme esperado – para suprir o aumento crescente do consumo de pescado, de acordo com um estudo da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês) citado na última edição da Newsletter da Associação Portuguesa de Aquacultores (APA).
A APA destaca algumas conclusões consideradas relevantes para a FAO, entre as quais a de que se os preços do pescado e as preferências dos consumidores se mantiverem sem alterações, a procura mundial per capita de pescado aumentará de 20 Kg/ano em 2010 para 25 Kg/ano em 2020.
Outra conclusão da FAO é a de que o aumento do consumo, combinado com o crescimento demográfico mundial, fará aumentar a procura de pescado em 47 milhões de toneladas até 2020.
Por outro lado, a FAO considera que o aumento expectável da aquacultura mundial, de 4 a 5% ao ano, só fará crescer a produção em 19 milhões de toneladas, gerando um défice de 28 milhões de toneladas no abastecimento de mercados, mais visível nos bivalves e crustáceos do que no peixe.
Sendo assim, conclui a FAO, só um crescimento de 9,9% ao ano pode satisfazer a procura. No entanto, um aumento desta ordem só está previsto para 17 países. Nos restantes 170, a oferta não conseguirá satisfazer a procura. Se a oferta não aumentar anualmente 9,9%, subirá o preço do pescado, o que tenderá a diminuir a procura, sendo que a produção pesqueira deverá permanecer estável.
Fonte: Jornal de Economia do Mar
Largo de São Sebastião da Pedreira, 31, 4º
1050-205 Lisboa
Tel.: (+351) 21 352 88 03
Fax: (+351) 21 315 46 65
E-mail: geral@acope.pt