As principais áreas de oportunidade para as empresas portuguesas na Áustria são as da fruta e legumes, sobretudo de origem biológica, peixe e marisco fresco, azeite, queijos gourmet, pescado em conserva ou congelado, vinho, bolachas e refeições preparadas. Quem o diz são os analistas da Aicep – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.
O Breve Apontamento sobre o Retalho Alimentar na Áustria, agora editado pela Aicep, é uma publicação de carácter prático que identifica os principais players de retalho alimentar presentes no mercado e sinaliza as principais áreas de oportunidade na Áustria. Inclui, ainda, uma abordagem breve do comércio alimentar online naquele país. A Aicep realça que "o número de importadores e distribuidores é extenso e deve ser olhado consoante a categoria". E aconselha os empresários portugueses a privilegiar importadores e distribuidores locais para "máxima penetração no mercado; adaptar-se às exigências do cliente, entre elas entregas em pequenas quantidades; centrar-se em produtos da mais alta qualidade e ecológicos; verificar, antecipadamente, a competência técnica e cobertura nacional dos potenciais parceiros". Para a identificação de potenciais clientes, nomeadamente importadores e distribuidores, os analistas da Aicep recomendam o portal "Wer liefert was?", "Quem fornece o Quê?", onde poderá pesquisar de acordo com categoria de produtos.
O retalho alimentar na Áustria vale 20 mil milhões de euros. Não fugindo à tendência de consolidação no retalho europeu, está nas mãos de três grandes operadores, cujo domínio não pára de crescer e ultrapassa já 80% do mercado. Segundo a análise da Aicep, "à semelhança do que ocorre nos restantes países europeus, as lojas individuais tendem a confinar-se a nichos de bairro ou de posicionamento, gourmet ou étnico (turco, asiático, africano)". E acrescenta que "convém assinalar que o consumidor austríaco parece não atribuir muita importância à alimentação, consagrando-lhe uma parte reduzida do orçamento familiar quando comparado com a generalidade dos países europeus". Afirmam os analistas da Aicep que "basta referir que apesar de o rendimento familiar disponível ser o dobro do português, o orçamento dedicado à alimentação consegue ser ligeiramente inferior. A explicação imediata será a de uma gastronomia pouco elaborada, maior frugalidade e um nível de preços, motivado pela logística e concorrência, muito competitivo".
A Áustria é a 12ª economia em termos de Produto Interno Bruto no âmbito da UE 28, e a 4ª em PIB per capita em paridade do poder de compra (127% do PIB per capita médio da UE 28). Com uma população de cerca de 8,6 milhões de habitantes, que tem vindo a aumentar ao longo dos últimos anos em virtude, fundamentalmente, dos movimentos migratórios internacionais, é o vigésimo sétimo maior importador mundial de bens e o décimo segundo em termos europeus. Em 2016, o valor das importações austríacas superou o das suecas em mais de 12% e o das dinamarquesas em mais de 85%.
Em 2016, Portugal exportou para a Áustria 294 milhões de euros, um aumento de 4,2% face a 2015. As exportações de produtos agro-alimentares aumentaram 29,3% em 2016 e atingiram 15 milhões de euros, valor que "poderá crescer significativamente, face à qualidade e posicionamento internacional da oferta portuguesa, com um maior esforço promocional e conhecimento do mercado austríaco por parte das empresas nacionais", diz a Aicep.
O documento pode ser consultado aqui.
Fonte: ACOPE com Revista Actual | Agricultura e Mar
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