Conhecidos os resultados do primeiro semestre de 2016 (Nielsen Market Track (inclui LIDL) Ano Móvel findo a semana 27/2016,) a categoria de congelados apresenta indicadores positivos para terminar bem o ano. Com 129,8 milhões de quilogramas vendidos, o que equivale a 554,9 milhões de euros de riqueza gerada, revela um crescimento de 2% em volume e de 3% em valor. Para Lídia Tarré, diretora de marketing da Gelpeixe, o crescimento da categoria é fácil de perceber. “O sector está estabilizado e mantém um peso económico significativo no mercado português. Isto deve-se, essencialmente, a dois aspetos: os hábitos de consumo de peixe há muito enraizados na nossa cultura e a existência de uma boa relação entre a qualidade dos produtos e os preços praticados, o que tem fidelizado cada vez mais consumidores”.
Como em qualquer outra categoria as marcas próprias e primeiros preços (MDD+PP) são uma preocupação para as marcas de fabricante. No entanto, no sector dos congelados, as marcas de indústria parecem continuar a ser as preferidas. “Quando falamos em produtos do mar, mercado no qual a Pescanova tem uma presença forte, as marcas dos industriais continuam a ser de referência para os consumidores. Existe, neste mercado, uma confiança maior nas marcas dos produtores, quer pela qualidade dos produtos quer pelo esforço de comunicação que tem sido feito para divulgar os benefícios dos seus produtos. O preço continua a ser um fator muito importante para os consumidores, quando aliado à qualidade do produto. O preço final, muitas vezes, não pode ser estável durante todo o ano. Estamos a falar de produtos de pesca, cujas matérias- primas sofrem oscilações ao longo do ano, dependemos do que o mar oferece, e não de produtos industriais”, explica, por sua vez, Ana Vicente, diretora de marketing da Pescanova. Uma relação de confiança estabelecida com a marca, que assenta na diversidade e consistência das gamas disponibilizadas ao consumidor, abrangidas por elevados padrões de qualidade a nível do produto e “packaging” apelativo.
Com um crescimento dentro do expectável, a categoria encontra grande parte do seu sucesso no ritmo de vida dos consumidores que confiam nesta solução de conveniência e de qualidade. Com vidas profissionais cada vez mais intensas, os ultracongelados são uma alternativa pertinente para economizar tempo, garantindo sempre a qualidade das refeições. Para além da sua evidente praticidade, a crescente preocupação dos portugueses com a procura de alimentos mais saudáveis é atualmente também visível nesta área de negócio. A indústria tem procurado, nos últimos anos, satisfazer as necessidades dos consumidores também neste aspeto. “A Pescanova está presente num mercado reconhecido como de proteína animal saudável, nutritiva e saborosa, daí ser importante o aumento do consumo de pescado. Nos últimos anos, tem colaborado em vários estudos científicos, através de parcerias com diversas instituições de investigação científica. Em 2011, um estudo clínico realizado pelo centro de investigação biomédica CIBERobn (Centro de Investigação Biomédica em Rede –Fisiopatologia da Obesidade e da Nutrição) em colaboração com o INESMA (Instituto de Estudos Marinhos para a Nutrição e o Bem- Estar) e a Pescanova concluiu que o consumo habitual de pescada da Namíbia congelada (fonte natural de ómega 3) contribui para todas as suas variantes, como lombos, medalhões, postas ou filetes, continua a ser o produto congelado mais vendido. A comunicação no ponto de venda revela-se, igualmente, essencial no ato de compra, razão pela qual constitui uma preocupação para as marcas.
“Uma embalagem apelativa surge como elemento determinante no processo de compra. Nesse sentido, a Gelpeixe adota uma imagem para as suas embalagens nas quais reúne tudo aquilo que nos caracteriza e que queremos transmitir ao consumidor. Esta imagem reflete não só a nossa tradição, mas também a de um sector que assume uma importância fulcral para o país ao longo da sua história, aliando o conhecimento e experiência à capacidade criativa e inovadora da Gelpeixe”, diz Lídia Tarré.
Segundo dados da Nielsen ao longo do último ano, 98% dos lares em Portugal Continental compraram bens da categoria de congelados. Cada lar adquiriu estes produtos 23 vezes, gerando um gasto médio por ato de compra de, aproximadamente, 5,44 euros, equivalente a 1,21 quilogramas de congelados adquiridos em cada ato de compra.
Apesar de existirem alguns picos de consumo, nomeadamente com o bacalhau na época de natalícia e o camarão no réveillon, a categoria dos congelados beneficia de vendas ao longo de todo o ano, sem grande preocupação com a sazonalidade. Uma das grandes qualidades do sector que consegue disponibilizar determinados produtos no decurso do ano com toda a qualidade nutricional e sem recursos a aditivos.
Com mais alguns meses até ao final do ano, Lídia Tarré não descarta o lançamento de novos produtos na Gelpeixe. “Há pouco tempo lançámos a gama Darfresh, em que os produtos são embalados num vácuo de alta qualidade, que não cria cristais de gelo e tem um sistema de abertura fácil. A resposta do consumidor a esta linha de produtos tem sido francamente positiva e iremos continuar a desenvolvê-la, alargando a seleção de produtos. Algo que nunca descurámos, e que cada vez mais assumimos como um importante fator de diferenciação face à concorrência e mais-valia para o mercado de exportação, é a aposta nos produtos nacionais. Estamos empenhados em promover a marca Portugal, enquanto conceito gastronómico de excelência.
Largo de São Sebastião da Pedreira, 31, 4º
1050-205 Lisboa
Tel.: (+351) 21 352 88 03
Fax: (+351) 21 315 46 65
E-mail: geral@acope.pt