O especialista em oceanos Tiago Pitta e Cunha defendeu que o consumo de proteínas animais vai diminuir a favor das vegetais, como as algas, a par com a opção por mais peixe, devido às exigências das alterações climáticas.
"A aquacultura, a fileira do pescado e da transformação do pescado são indústrias que se vão desenvolver" assim como a biotecnologia, disse à agência Lusa o especialista, explicando que as proteínas vegetais são mais sustentáveis e mais saudáveis e emitem menos dióxido de carbono, um dos principais responsáveis pelas alterações climáticas.
Segundo dados que avançou, atualmente, cerca de 17% das proteínas animais e vegetais consumidas são de origem marinha, mas salientou não ter dúvidas de que, por causa da explosão demográfica - outro desafio fundamental - será necessária "maior segurança alimentar, de mais proteínas vegetais e animais".
Para o especialista, para combater as alterações climáticas, é necessário descarbonizar as sociedades e para isso há que apostar nas economias que descarbonizam e penalizar as que carbonizam.
As proteínas de pescado e das algas "consomem CO2", explicou, enquanto, no consumo de carne, "o gado bovino é um dos principais emissores de CO2 [dióxido de carbono]" e também "consome recursos hídricos a uma escala incompatível com a escassez desses recursos", que será mais acentuada devido às alterações climáticas.
Por isso, não tem dúvidas que dentro de 10 anos o consumo de carne vai diminuir e o de pescado e algas vai aumentar.
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