O embargo russo, que baniu todas as importações de peixe fresco e congelado, crustáceos e moluscos do ocidente, já dura há um mês e enquanto a Comissão Europeia anuncia que irá disponibilizar uma verba de 125 milhões de euros para subsídios aos produtores afetados, a Noruega é, até agora, a nação que parece estar a sofrer mais diretamente o impacto do embargo imposto pela Rússia.
Este impacto sente-se, sobretudo no que respeita ao pescado, tendo o valor das acções dos principais produtores de salmão, como as companhias Marine Harvest, Leroey, Cermaq e outras, desvalorizado na ordem dos 8% logo na semana seguinte ao embargo.
Tradicionalmente, a Noruega é o maior fornecedor de pescado da Federação Russa, tendo fornecido, só na semana anterior ao embargo, cerca de 1500 toneladas de salmão de aquacultura e no mês de julho as mesmas terem atingindo NOK 332 milhões, ou seja, cerca de 9% do total das exportações norueguesas.
Do lado russo, as indústrias de processamento de pescado, os restaurantes e os próprios consumidores foram também negativamente afectados, tendo o preço dos produtos alimentares aumentado já na ordem dos 6% no seguimento do embargo. Países como o Chile, Equador, Islândia, ilhas Faroé e Turquia aproveitaram a oportunidade para abastecer o mercado russo com o seu pescado.
Fonte: Jornal da Economia do Mar
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