As exportações de conservas cresceram quase 17% entre 2012 e 2013 e somaram quase 206 milhões de euros em vendas ao estrangeiro, nas quais a sardinha é protagonista.
Para o secretário-geral da Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe (ANICP), Castro e Melo, os dados não são uma surpresa já que esta indústria esteve desde sempre virada para a exportação, o que lhe permitiu atenuar os efeitos da crise. “Provavelmente, não sofreu os efeitos que outros sectores sofreram porque é uma indústria que esteve desde sempre muito voltada para a exportação. A indústria de conserva portuguesa viveu sempre muito, e continua a viver, dos mercados internacionais. Exporta-se para mais de 70 países, já há muito tempo“, sublinhou.
Em 2013, as exportações de conservas de peixe atingiram cerca de 50 mil toneladas (ficando 16,3% acima da quantidade vendida no ano anterior) e cresceram 15,7% em valor, num total de 206 milhões de euros, “um dos maiores crescimentos dos últimos anos”, segundo o responsável da ANICP.
As conservas de sardinha representam cerca de um terço deste volume, tendo sido exportadas cerca de 18 mil toneladas em 2013 (9,8% mais do que no anterior) com o valor a aumentar para 84 milhões de euros (mais 18,3% do que em 2012), de acordo com as estatísticas oficiais da Datapescas.
Seguem-se o atum, com dez mil toneladas vendidas em 2013, no valor de 56 milhões de euros, e depois as conservas de sarda e cavala, das quais se exportaram pouco mais de oito mil toneladas (37 milhões de euros).
Ao contrário do que acontece no comércio internacional, no mercado interno “80% do consumo ou mais” corresponde a conservas de atum.
Castro e Melo avança com uma explicação: “Aqui, em Portugal, o consumidor normalmente tem acesso à sardinha em fresco” e provavelmente prefere o peixe preparado dessa forma, até porque “é um peixe de fácil acesso, o que não acontece noutros países”.
A indústria de conservas abastece-se fundamentalmente de sardinha capturada pela frota de cerco nacional, em condições normais, mas vai buscá-la a outros países onde existe a nossa espécie quando esta escasseia nas águas portuguesas, o que tem acontecido nos últimos anos, explicou o secretário-geral da ANICP.
Fonte: Público
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