Investigadores portugueses encontraram uma forma de fazer salsichas de peixe, com sabor a carne, uma alternativa que aproveita sobras e peixe de aquicultura, que tem menos gordura e previne doenças, disse hoje um dos cientistas.
Rogério Mendes, investigador do Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA), avançou à agência Lusa que o objetivo era procurar soluções para aproveitar todo o peixe capturado, assim como o desperdício do pescado processado, em filetes ou postas, por exemplo, e dar novas utilizações às espécies produzidas em aquacultura.
"Pegamos num peixe que tem um sabor fraco, neste caso, a pescada, fomos ver o que a salsicha de carne tradicional tinha e fomos retirando componente a componente e substituindo por outros até conseguir um conceito relativamente novo", explicou.
O resultado foi uma salsicha feita com peixe, com sabor, consistência e apresentação semelhante à tradicional, mas com menos gordura e com fibras vegetais, com um prazo de validade para ser consumida entre 40 a 50 dias, porque está pasteurizada e refrigerada, podendo também vir a ser enlatada.
Esta nova alternativa "tem um sabor idêntico àquele da carne porque a salsicha tradicional não sabe a carne de porco, sabe a fumo e é esse fumo que é o segredo", relatou Rogério Mendes.
Quando concluíram que o sabor não é da carne, é do fumo, os investigadores colocaram a hipótese de fazer o mesmo com peixe, conferindo-lhe esta característica, como acontece com as salsichas tradicionais que já não seguem a receita tradicional e deixaram de passar pelo fumeiro.
Fonte: Diário de Notícias
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