O setor da pesca em Peniche, onde o mau tempo deixou a maioria das embarcações sem irem ao mar durante oito dias, registou uma quebra de 50% nos negócios face aos mesmos dias do ano passado, segunda a Docapesca.
Nos dias úteis entre 24 de dezembro e 07 de janeiro, período em que grande parte dos barcos não saíram para o mar, de acordo a Associação Mútua dos Armadores de Peniche (AMAP), os pescadores venderam em lota metade do peixe por comparação a igual período do ano anterior.
Devido ao mau tempo, 150 embarcações que operam a partir do porto de Peniche, 80 das quais associadas da AMAP, ficaram impedidas de ir ao mar, à exceção da pesca de arrasto.
Dados enviados à agência Lusa pela Docapesca apontam para cerca de 314 toneladas de peixe vendidas, o que se traduziu numa vantagem económica para os pescadores de 591 mil euros.
No mesmo período do ano anterior, foram vendidas 389 toneladas de pescado e faturado mais um milhão de euros.
Na segunda e terça-feira, dias em que o mau tempo no mar se agravou, a venda de pescado em lota situou-se entre os 30.000 e os 36.000 euros, valores muito abaixo dos 74 mil euros, a média diária por comparação com o ano anterior.
Humberto Jorge, presidente da AMAP, disse à agência Lusa que as embarcações que operam a partir do porto de Peniche tiveram oito dias sem ir à pesca devido ao mau tempo, tendo regressado na quarta-feira ao mar.
Dias sem trabalho que "foram prejudiciais ao setor, porque os armadores não tiveram qualquer rendimento que ajudasse a pagar encargos fixos que não podem deixar de pagar", como impostos, segurança social, seguros e despesas de manutenção dos barcos.
Fonte: Lusa
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