“Os Açores vão aproveitar a reunião para argumentar da necessidade de reforçar a quota de patudo disponível para Portugal em mais cerca de 800 toneladas, de modo a conseguirmos prolongar temporalmente as pescarias desta espécie a toda a frota atuneira”, afirmou o Diretor Regional das Pescas, que integra a comitiva portuguesa a esta reunião internacional.
Luís Costa frisou, no entanto, que “o principal objetivo do Governo dos Açores é incrementar o valor do preço na primeira venda do atum e, na sequência de contatos mantidos entre a Secretaria Regional dos Recursos Naturais e um comerciante de pescado, promover na próxima safra a exportação para os Estados Unidos, aproveitando a frequência de voos da SATA Internacional”.
“O desafio que se nos coloca não está em pescar mais, mas sim pescar com qualidade, ou seja, o tratamento e a conservação do peixe a bordo, após a captura, é que irá ditar o incremento do preço”, defendeu o Diretor Regional.
Na reunião anual da ICCAT vão ser analisados relatórios sobre os stocks de atum e debatidos temas como as medidas de conservação e de gestão e os critérios para atribuição de possibilidades de pesca.
Esta comissão internacional, sedeada em Espanha, é responsável pela gestão e conservação de tunídeos e afins na área regulamentar, fora das zonas económicas exclusivas, e decide anualmente as medidas de conservação e gestão e as quotas a adotar para estas espécies migratórias na área abrangida pela Convenção da ICCAT, subscrita por cerca de 50 países.
Fonte: ACOPE com Açoriano Oriental