As autoridades podem aplicar coimas e apreender mercadorias aos incumpridores que a partir desta terça-feira não apresentem a comunicação electrónica das guias de transporte de mercadorias.
Representantes dos restaurantes e do transporte e armazenagem de mercadorias ouvidos pela Lusa na semana passada, dizem não ter capacidade para cumprir as exigências legais e denunciam a falta de resposta do Governo às suas sucessivas tentativas de serem recebidos.
Os empresários temem que cause graves transtornos e torne ainda mais difícil a situação financeira de empresas já debilitadas pelo aumento da carga fiscal e da baixa de rendimentos das famílias portuguesas.
Da lista de preocupações dos transportadores de mercadorias destaca-se a emissão de guias de remessa para mercadorias que não chegaram a ser entregues, por exemplo, porque a transportadora chegou ao local fora de horas.
Nove associações reunidas numa plataforma associativa, que inclui também a panificação e pastelaria, os transitários e a imprensa, pedem uma suspensão ou alteração das novas regras de transporte e alertam para a possibilidade de atrasos nas entregas de jornais, pão, medicamentos e outros bens a partir de hoje.
Também o representante dos hipermercados, APED, está preocupado com a fiscalização do transporte de mercadorias a partir desta terça-feira, mas acredita terem sido tomadas todas as medidas para evitar eventuais roturas de “stock” nas lojas.
A comunicação electrónica dos documentos de transporte é obrigatória desde um de Julho, mas o Governo concedeu um período de adaptação gradual ao novo regime até hoje, 15 de Outubro, data a partir da qual as autoridades podem aplicar coimas e apreender mercadoria aos incumpridores.
Fonte: ACOPE com Confagri
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