O destino do "mais caro" acordo de pescas da UE está em suspenso. Anualmente a Mauritânia beneficiava de 110 milhões de euros dos quais 3 milhões para o apoio à política de pescas da Mauritânia, 67 milhões pagos pela UE como moeda de troca pelos acessos aos recursos e os restantes 40 milhões a ser pagos pela indústria a título de licenças de pesca.
Este protocolo em vigor desde 26 de Julho de 2012 sob a forma provisória e no prazo máximo de dois anos, exige, segundo Capoulas Santos, "a ponderação e a discussão aprofundada das suas condições".
A Comissão de Pescas do PE considerou insatisfatório o acordo proposto pois embora as negociações tenham evoluído, a falta de garantias do tratamento não discriminatório e preferencial à frota europeia (face aos excedentes de pesca não utilizados pela Mauritânia), a não inclusão de algumas espécies no novo protocolo, o agravamento generalizado dos custos para os armadores, a obrigação de desembarques nos portos mauritanos ou a obrigação de 60% de tripulação mauritana na frota europeia, inviabilizam as operações de pesca nessas águas.
Portugal, tradicionalmente interessado nessas águas (ricas em polvo, lulas, chocos, lagosta ou camarão) preferiu não ter nenhuma embarcação a operar ao abrigo deste novo protocolo.
Fonte: ACOPE com Grupo dos Socialistas e Democratas do Parlamento Europeu
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