A quantidade de pescado transaccionado nas Docapesca da região caiu, em média, mais de 17% nos primeiros quatro meses do ano comparativamente com os valores comercializados em 2012.
No total foram transaccionadas menos de 2 mil e 336 toneladas das várias espécies de peixe, sendo que, a única lota da região a inverter esta tendência é a lota da Costa da Caparica onde, entre janeiro e abril deste ano se comercializou mais 26% de pescado do que em igual período do ano passado.
Se fossem tidas em consideração apenas as lotas de Setúbal, Sesimbra e Sines, a quebra rondaria, em média quase 32%. Só em Sines, comercializou-se menos 53% de peixe do que nos quatro primeiros meses de 2012.
Ricardo Santos, da Sesibal, explica os motivos para esta queda. Em Sines, os pescadores são obrigados a maiores deslocações para capturar o pescado "devido à implantação das zonas de refinaria", o que inviabiliza muitas vezes as saídas.
Para além disso as traineiras da região tiveram de fazer defeso biológico obrigatório com uma paragem entre 1 de fevereiro e 15 de março.
A lota de Setúbal continua em queda pelo segundo ano consecutivo. Se em 2011 se comercializaram mais de 1250 toneladas de pescado entre janeiro e abril, este ano os valores não chegam às 500 toneladas. Em apenas dois anos a lota da capital de distrito perdeu mais de 750 toneladas de peixe.
A cavala continua a ser a espécie mais comercializada nas lotas da região. Nos primeiros quatro meses do ano transaccionaram-se mais de mil e quinhentas toneladas desta espécie nas lotas de Setúbal, Sesimbra e Sines.
Na lista dos mais transaccionados segue-se o carapau, com valores próximos da mil toneladas de pescado. O choco e o polvo, em conjunto, representam perto de 500 mil quilos na balança da Docapesca, no distrito, enquanto o peixe-espada preto, espécie comercializada apenas na lota de Setúbal equivale a mais de 608 toneladas transaccionadas. Na lota da Costa da Caparica, a corvina e o robalo estão entre as espécies mais vendidas, enquanto na lota de Sines se comercializam sarrajão, verdinho e boga do mar, em quantidades significativos.
Fonte: ACOPE com Sem Mais Jornal
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