O programa «Valorizar» recebeu na primeira fase 142 candidaturas de microempresas que se propõem criar 190 postos de trabalho no interior de Portugal, a maior dos quais para jovens, divulgou esta sexta-feira o secretário de Estado adjunto da Economia.
Almeida Henriques apresentou, em Bragança, os resultados da primeira fase de candidaturas aos incentivos do programa que, durante o ano de 2013, disponibilizará 25 milhões de euros de fundos comunitários para apoiar o empreendedorismo local nos territórios com problemas de interioridade.
A primeira fase de candidaturas terminou a 28 de março e as propostas apresentadas representam um investimento de 2,6 milhões de euros para criar 190 postos de trabalho, 128 dos quais parta jovens.
A região norte de Portugal foi «o território mais dinâmica¿ com 63 projetos de microempresas e quase 100 postos de trabalho criados», avançou o governante, que considerou «promissores os resultados» do arranque do programa.
A segunda fase de candidaturas decorre até três de junho com mais nove milhões de euros disponíveis para novos projetos.
Este programa é apresentado pelo Governo como «o primeiro sistema de incentivos especificamente destinado apoiar investimentos e emprego em microempresas localizadas no interior», no âmbito do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN).
O «Valorizar» foi divulgado hoje, em Bragança, na terceira sessão nacional para dar a conhecer aos parceiros locais, nomeadamente municípios e associações empresariais os instrumentos financeiros disponíveis.
O programa visa estimular o aproveitamento de recursos locais e potenciar desenvolvimento nos territórios considerados menos competitivos e coesos do país.
O secretário de Estado lembrou que «os últimos dados de recenseamento mostram que 198 concelhos perderam população em Portugal, numa hemorragia que agrava o padrão de litoralização do país e afunda os territórios do interior».
As estatísticas oficiais revelam ainda que mais de um terço das freguesias do continente tem menos de 500 habitantes.
O programa «Valorizar» é apresentado como um contributo para travar esta realidade.
O secretário de Estado sublinhou ainda que o conceito é o mesmo que terá de estar presente nas opções e prioridades para os fundos comunitários no período de 2014-2020, em que «as infraestruturas e equipamentos não poderão continuar a absorver os recursos».
O Governo quer direcionar os fundos de Bruxelas para o desenvolvimento económico e social e para a inovação e criatividade.
Fonte: ACOPE com ANIL
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