Nos dois primeiros meses do ano, a quantidade de pescado capturado em águas nacionais caiu 22%, o que representa menos 3,6 mil toneladas do que em igual período do ano passado, segundo dados da Docapesca, empresa que gere as lotas nacionais.
"O inverno muito rigoroso impediu os pescadores de exercerem a atividade com normalidade", explica Humberto Jorge, da Associação Nacional das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco, adiantando que "houve muitos dias em que os barcos não puderam ir ao mar, devido às condições climatéricas". Uma situação que também se tem verificado este mês.
Além do mau tempo, os barcos de pesca da sardinha de vários portos do País tiveram de efetuar o defeso em janeiro ou fevereiro, o que também contribuiu para a redução das capturas. No total, a quantidade de pescado desembarcado nas lotas cifrou-se em 12,9 mil toneladas, enquanto no ano passado atingiu as 16,5 mil toneladas,
Em termos financeiros, os pescadores venderam peixe no valor de 25,5 milhões de euros, ou seja, menos 4,8 milhões do que em igual período do ano passado (-16%).
No conjunto do País, apenas a região do Algarve registou um crescimento das receitas, passando de 5,7 milhões de euros, em 2012, para 6,8 milhões, este ano. Para esse resultou contribuiu, sobretudo, o setor da pesca polivalente (que integra os pequenos barcos que exercem a atividade junto à costa), com um aumento de receitas de 62,9% e de capturas de 133%.
As lotas situadas entre Sesimbra e Zambujeira (Alentejo) foram as que tiveram maior quebra de receitas, passando de 7,8 milhões de euros, em 2012, para 5,8 milhões, este ano.
Fonte: ACOPE com CM
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