As pequenas e médias empresas de todo o mundo vão passar a ter um portal online, a nível mundial, com todas as informações necessárias a uma empresa exportadora. O portal é 100% gratuito.
Imagine uma empresa portuguesa que queira exportar sapatos para o Chile. Vai querer saber as tarifas que lhe vão ser cobradas, os certificados de qualidade que tem de conseguir, as regras de origem em vigor no país, os preços praticados naquele mercado, quem são as principais marcas concorrentes. E agora vai ter toda a informação reunida num só ponto e será gratuito.
O portal online vai disponibilizar gratuitamente todas as informações necessárias a uma empresa exportadora. Poderá ser acedido por qualquer PME, seja de que país for, e vai ter informações sobre todos os mercados mundiais. Assim, as empresas podem aceder à inteligência de mercado reunida num só ponto e a cereja no topo do bolo é que o portal é 100% gratuito.
"O que vamos fazer para a ministerial de Buenos Aires, que espero que tenha utilidade também aqui em Portugal, é criar um grande portal para que as PME acedam a inteligência de mercado", contou ao ECO Arancha Gonzalez, a diretora executiva do Centro de Comércio Internacional (ITC). "Vamos fazê-lo em conjunto com a OMC e a com a UNCTAD, as três agências", precisou.
"Temos um montão de informação sobre o comércio internacional, sobre fluxos de comércio, barreiras comerciais, pautais e não pautais (as mais importantes). Estamos sentados numa montanha de informação, mas não a agregamos para que a empresa tenha uma inteligência de mercado", acrescenta a responsável.
Este portal deverá ficar disponível nos próximos dias, ainda durante a reunião ministerial da Organização Mundial de Comércio, que se este iniciou domingo em Buenos Aires. A plataforma vai ser feita com financiamento das três instituições : Organização Mundial de Comércio (OMC), Centro de Comércio Internacional (ITC) e Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), com "fundos públicos de ajuda ao desenvolvimento".
Como um grande bem público. "Vamos oferecer o acesso ao portal, porque existe uma grande assimetria" de informação entre os exportadores dos vários países, sublinha Arancha Gonzalez. "Se és uma grande empresa podes pagar esta informação, consultoras como a McKinsey disponibilizam mediante pagamento", acrescenta. "Mas o problema é que há um montão de empresas que não têm acesso a esta informação que deveria ser de acesso gratuito e público".
Ter acesso a esta informação não garante a definição de uma estratégia de internacionalização, mas já ajuda as empresas a não partir para um mercado de olhos vendados. "Se com base nessa informação a empresa que quiser que alguém lhe delineie uma estratégia, terá de pagá-la", frisa. "A informação já está disponível, mas em 25 sítios diferentes, o que queremos é dar às empresas um único ponto de acesso".
Fonte: AICEP
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