A intervenção, que está agendada para o próximo mês de outubro, servirá para impedir o avanço do assoreamento na barra local, enquanto não são tomadas medidas a médio e longo prazo para resolverem o problema.
Ana Paula Vitorino abordou o tema à margem de uma visita a uma fábrica de conservas instalada no concelho poveiro, garantindo que já disponibilizou verba para que a intervenção neste porto de pesca nortenho possa avançar.
"Já formamos um grupo de trabalho que vai preparar uma solução médio e longo prazo, mas isso pode ser um trabalho que demore algum tempo, e temos de resolver os problemas imediatos. Já encontrei situação financeira para avançar com o procedimento", garantiu a ministra.
A governante vincou que esta solução será, por enquanto, apenas aplicada na Póvoa de Varzim, embora não descarte soluções semelhantes em outros portos do país.
O presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, o social-democrata Aires Pereira, considerou que "o Ministério do Mar está encarar este problema com seriedade", mas espera que sejam, no futuro, tomadas medidas de fundo.
"Tenho de realçar a existência de um grupo de trabalho que estude o problema a fundo e que possa resolver este problema de acessibilidade e segurança ao nosso porto de pesca", começou por dizer o autarca.
Aires Pereira considera que seria preferível fazer a dragagem durante os meses de verão, onde as condições climatéricas ajudam na eficiência da operação, mas vincou que "o importante é ser feito algo".
"Esperámos que estes procedimentos sejam céleres e que em outubro se possam iniciar os trabalhos e dar maior segurança esta comunidade, que juntamente com Vila do Conde, é a maior de pesca artesanal do país", lembrou Aires Pereira.
Já José Festas, presidente da Associação Pró Maior Segurança dos Homens do Mar, também considerou positiva a intervenção anunciada por Ana Paula Vitorino, mas lembrou que a mesma "será sempre um remendo".
"Mais vale dragar em outubro que não dragar, mas será sempre um remendo. No entender dos pescadores, e o que vou propor no grupo de trabalho que vai debater o assunto, é prolongar o molho sul, de forma a ficar paralelo com o molho norte", explicou o pescador.
José Festas lembrou que a atual situação do porto de pesca poveiro, apesar das dragagens de emergências que têm sido feitas, não inspira confiança dos pescadores.
"Há muito barcos que passam pelo porto da Póvoa, mas por receio não entram, porque nem sempre há condições para se navegar em segurança. Podíamos ter neste porto um atalho direto para casa, mas somos forçados muitas vezes a ir para Matosinhos", explicou.
Fonte: Sapo24
Largo de São Sebastião da Pedreira, 31, 4º
1050-205 Lisboa
Tel.: (+351) 21 352 88 03
Fax: (+351) 21 315 46 65
E-mail: geral@acope.pt