A economia do mar cresceu e já tem um peso de 3% no Produto Interno Bruto (PIB) português, adianto a ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas.
Para este desempenho contribuíram as "taxas de crescimento muito elevadas da indústria conserveira", destacou, durante uma apresentação da Estratégia Nacional do Mar para representantes de instituições e empresas britânicas do setor.
A ministra Assunção Cristas admitiu à agência Lusa que atingir a meta de 4% em 2020 é uma "estimativa conservadora", mas que também é "um objetivo realista", porque depende da progressão do resto dos outros setores da economia portuguesa.
A economia do mar inclui, nomeadamente, atividades ligadas à pesca, aquacultura e transformação do pescado, construção e reparação naval, turismo e lazer, extração de sal marinho, biotecnologia marinha, extração de recursos geológicos não energéticos, exploração e produção de petróleo e gás e energias renováveis.
A apresentação, que decorreu na embaixada de Portugal na capital britânica, faz parte de um roteiro internacional iniciado em 2013 junto de países considerados exemplos mundiais na área da economia do mar para atrair investimento estrangeiro, que começou pela Noruega e passou pelos EUA, Alemanha, Noruega, Japão, Coreia do Sul e Canadá.
Estão também previstas viagens à Dinamarca e à China, onde esta temática será promovida em paralelo com a participação em duas feiras alimentares.
Assunção Cristas admitiu que é difícil captar investimento estrangeiro para a economia do mar, porque inclui atividades de grande risco e pouco retorno a curto e médio prazo.
"Portugal tem muitos recursos e potencial, mas esta é uma área que precisa de muito capital e muito do que há para fazer ainda está por descobrir", reconheceu.
Por outro lado, enfatizou, há falta de recursos financeiros das empresas portuguesas e do próprio Estado, o que aumenta a necessidade de investimento estrangeiro.
"Ao Governo cabe apenas um papel de regulador e dinamizador", resumiu.
Dos contactos feitos em Londres, a ministra falou de um maior interesse nos recursos biológicos e minerais e em oportunidades nas energias renováveis e na construção naval, referindo que cada país tem prioridades diferentes.
"Na Alemanha só perguntaram sobre a extensão da plataforma continental, no Japão de aquacultura", descreveu à Lusa.
Em estudo está um regresso ao Reino Unido, desta vez à Escócia, para tentar interagir com empresas ligadas à aquacultura estabelecidas no país.
Fonte: Notícias ao Minuto
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