A Associação da Pesca Artesanal da Região de Aveiro diz que vai reunir com o IPIMAR para debater melhorias no sistema de alertas sobre a proibição de apanha de bivalves na ria. Adelino Palão comentava a proibição imposta há uma semana e que custou 12 toneladas de berbigão que estava vendido e carregado.
O dirigente da pesca artesanal considera que é necessário mudar algo na relação entre os investigadores e quem anda no terreno.
“Há um desfasamento de informação da parte do IPIMAR e de resposta sobre as alterações das espécies que podem provocar dias assim. Num dia tivemos 12 toneladas de bivalves com problemas para consumo. A carga estava pronta para ser despachada. Quando veio a informação que havia toxinas foi depois do berbigão estar apanhado. Não sabemos quando foram recolhidas as amostras. Depois desta informação pediram material para fazer amostras. As anteriores não sabemos quando foram feitas”.
Mudar os sistema de alertas quando surgem proibições e garantir que os bivalves são repostos na laguna são apostas da APARA para o encontro de trabalho que será mantido com o IPIMAR.
“Este período do ano é muito delicado porque há alterações. Não há coordenação entre a tutela do IPIMAR e os apanhadores. Vamos reunir com IPIMAR, Docapesca e negociantes para definir regras. Pusemos à disposição um barco para ir apanhar amostras”.
Adelino Palão quer mudar as relações do IPIMAR com apanhadores de bivalves e espera assumir soluções para a devolução de bivalves ao ambiente natural quando as circunstâncias impeçam a comercialização.
“Os bivalves têm que ser devolvidos à ria. Queremos fazer prevalecer isso no futuro mesmo com apreensões da Brigada Fiscal. Temos que ter a seriedade de que há uma associação com capacidade para devolver os bivalves apreendidos a um habitat favorável”.
Fonte: Terra Nova
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