“Neste momento e com a nova administração estão a ser equacionadas formas de pagamento graduais para que, em breve, esta dívida possa ter um montante razoável e controlável para poder ser gerida de forma correta”, disse Luís Neto Viveiros aos jornalistas.
Em declarações à margem de uma reunião com a Federação de Pescas dos Açores e organizações associadas Neto Viveiros salientou que a nova administração da Lotaçor (a empresa de lotas dos Açores), que "tomou posse há cerca de um mês, participou na reunião de hoje para, em conjunto, serem agilizados procedimentos, melhorada a comunicação entre todos" em "prol da classe piscatória".
De acordo com o secretário regional, a dívida é de "cerca de um milhão e meio ou dois milhões de euros", explicando que os compradores da Lotaçor "têm um plafond de crédito".
“É este plafond [de] que estamos a falar que é estipulado e controlado pela administração e, naturalmente, como em todos os negócios e atividades, há situações de maior dificuldade", acrescentou.
Neto Viveiros assegurou que “uma das preocupações primeiras do novo conselho de administração é estancar estas questões, para que haja um equilíbrio".
"Tenho boas expectativas [de] que esta situação seja dentro de um espaço de tempo razoável controlada e permita à Lotaçor ter uma vida mais conducente com aquilo que é o negócio do peixe", frisou.
Por outro lado, disse que a Lotaçor “está dentro do estipulado” para o “prazo de pagamento normal aos pescadores, que são 15 dias”.
“Neste momento, a Lotaçor não tem pagamentos muito significativamente atrasados. Os últimos pagamentos foram feitos no dia 14 de maio”, disse o secretário regional, justificando que a empresa “opera num mercado que também tem algumas dificuldades, o que não tem apenas a ver com as contingências regionais, nem nacionais, são mesmo internacionais”.
O presidente da Federação das Pescas dos Açores, José António Fernandes, defendeu a necessidade de ser encurtado o tempo de pagamento às embarcações que entregam o peixe em lota "acima de 2.500 euros".
"O conhecimento que tenho é que todos aqueles que trabalham e levam o seu peixe à lota até 2.500 euros estão a receber normalmente. Acima de 2.500 euros já vinha com um atraso bastante grande há um tempo atrás, mas nesta altura não é tão grande. Mas, iremos discutir ainda com a Lotaçor a hipótese de diminuir este espaço temporal. Pois três semanas é muito tempo e não é muito justo", disse.
Fonte: Açoriano Oriental