A Comissão europeia aprovou o registo da denominação «Bacalhau de Cura Tradicional Portuguesa» como ETG - Especialidade Tradicional Garantida, cujo pedido tinha sido apresentado pela Associação dos Industriais do Bacalhau (AIB).
O «Bacalhau de Cura Tradicional Portuguesa» é um produto que resulta da escala, salga e secagem do bacalhau da espécie Gadus morhua, proveniente das águas frias do Atlântico Norte.
Durante a época dos Descobrimentos, já no século XV, os portugueses motivados pela necessidade de encontram produtos que aguentassem as longas travessias marítimas, descobriram o peixe ideal nos mares setentrionais do Atlântico.
Pioneiros na pesca do bacalhau na Terra Nova (Canadá), rapidamente o introduziram nos hábitos alimentares nacionais, cozinhando-o «de mil e uma maneiras». A pesca nos grandes bancos da Terra Nova e Gronelândia era tradicionalmente efectuada por grandes veleiros denominados lugres, mais tarde substituídos pelos navios de arrasto. Embora a tecnologia de pesca fosse diferente, os procedimentos pós-captura para preparação e salga do bacalhau eram idênticos.
Já a bordo iniciavam-se as fases do trote (descabeço e evisceração) e da escala. Todo o processo desenvolvido após a entrada do pescado a bordo tinha, tal como hoje, de ser assegurado em boas condições higio-sanitárias e técnicas.
O período de salga correspondia, na época, ao tempo que medeia entre a primeira captura e a descarga nas instalações de terra do armador. O primeiro peixe a ser capturado e salgado poderia ter entre quatro e cinco meses de sal, enquanto que o último a entrar no porão — desde logo o primeiro a sair — teria no mínimo o tempo da viagem de regresso, ou seja, aproximadamente 25 dias.
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